Tendências de Mídia Programática para 2025

Insights, tecnologias e o que esperar do mercado

O ecossistema de mídia programática segue em constante transformação, impulsionado por avanços tecnológicos, mudanças regulatórias e o comportamento cada vez mais fragmentado do consumidor digital.

À medida que 2025 se aproxima, identificar as tendências que irão moldar este ambiente se torna essencial para marcas, anunciantes e publishers que buscam operar com eficiência em um cenário cada vez mais orientado por dados, automação e inteligência artificial.

O avanço dos Clean Rooms e a era do First-Party Data

Com o enfraquecimento dos cookies de terceiros — e o anunciado fim do suporte pelo Google Chrome em 2025 — o investimento em Clean Rooms desponta como solução prioritária para a conciliação de dados entre marcas, veículos e plataformas de maneira segura, anonimizando informações sensíveis, mas preservando a capacidade de segmentação e mensuração.

Grandes players como Google (com o PAAPI), Meta e Amazon já operam suas soluções proprietárias, e a tendência é de que anunciantes passem a construir seus próprios ecossistemas de first-party data, centralizando dados CRM, comportamento on-site e interações offline, para alimentar estratégias mais precisas em ambientes programáticos.

A consolidação da Inteligência Artificial Generativa no programmatic creative

A aplicação de IA generativa — sobretudo em peças dinâmicas e criativos responsivos — terá papel decisivo na performance das campanhas programáticas em 2025. Ferramentas de Dynamic Creative Optimization (DCO) passam a integrar recursos de AI para gerar e testar versões de anúncios em tempo real, de acordo com o perfil comportamental, localização, dispositivo e momento da jornada do usuário.

Além disso, modelos de AI serão incorporados aos processos de bidding e predição, aprimorando a compra de mídia em leilões real-time bidding (RTB) com bids adaptativos e otimizações preditivas de conversão.

Programmatic DOOH e CTV ganham protagonismo

O avanço das soluções de Programmatic Digital Out-Of-Home (DOOH) e Connected TV (CTV) expande o conceito de mídia programática para além do digital tradicional, levando a compra automatizada para painéis urbanos, elevadores, aeroportos e TVs conectadas.

A expectativa é de que, em 2025, o inventário de CTV ultrapasse os 40% das compras programáticas em mercados desenvolvidos, impulsionado pela fragmentação da audiência de TV linear e a crescente demanda por formatos premium brand-safe. No DOOH, o uso de sensores, geolocalização e dados contextuais permitirá veicular anúncios hipersegmentados, com controle de frequência e mensuração precisa de impacto.

Privacidade, consentimento e regulamentação sob novas regras

Com legislações como LGPD no Brasil e GDPR na Europa em constante atualização, o mercado programático precisará se adaptar a novos protocolos de coleta, armazenamento e uso de dados pessoais. As tecnologias de Consent Management Platforms (CMP) serão ainda mais exigidas, e soluções de targeting contextual — livres de identificação pessoal — voltarão a ganhar espaço.

A busca por ambientes cookieless e privacy-first levará as marcas a repensar o mix de canais e estratégias de segmentação, priorizando abordagens como semantic targeting, cohort-based advertising e segmentação baseada em device IDs e contextos editoriais.

Tendência de Full-Funnel Programmatic

Outra tendência clara para 2025 é a ampliação da atuação programática para todas as etapas do funil de conversão. Se antes o programmatic era associado majoritariamente à performance de fundo de funil (CPA e CPL), a evolução das métricas de atribuição omnichannel e a integração de Customer Data Platforms (CDPs) permitirá a mensuração de ações de awareness, consideração e conversão dentro de uma mesma stack.

O investimento programático passa, então, a contemplar mid e upper funnel com KPIs de alcance incremental, lift de marca e brand recall, fortalecendo campanhas omnichannel orquestradas por dados unificados.

O mercado de mídia programática para 2025 será definido pela convergência entre tecnologia, privacidade e personalização em escala.

Os profissionais e marcas que souberem interpretar dados com profundidade, estruturar seus próprios ecossistemas de dados proprietários e adotar soluções de AI e automação terão vantagem competitiva na construção de audiências qualificadas e na otimização de investimentos cross-channel.

A thefmedia.com acompanha de perto esse movimento, integrando tecnologias emergentes e estratégias programáticas de alta performance para marcas que desejam protagonizar esse novo capítulo da publicidade digital.